Um episódio inusitado registrado por médicos dos Estados Unidos reacendeu o alerta sobre os perigos da chamada sondagem uretral, uma prática de estimulação sexual que envolve a introdução de objetos no canal urinário. O caso foi publicado na edição de fevereiro da revista médica Cureus e envolve um estudante universitário de 21 anos que precisou de atendimento hospitalar após inserir um cabo USB na própria uretra. 2b6b5d
Segundo o relato, o jovem buscou ajuda ao perceber que não conseguiria retirar o objeto por conta própria. Aos profissionais de saúde, ele contou já ter realizado ações semelhantes antes, utilizando itens como cotonetes e cabos metálicos.
Embora pouco comum, essa prática tem aparecido ocasionalmente em estudos clínicos e levanta preocupações. Médicos da Faculdade de Medicina da Universidade Drexel, responsáveis pelo artigo, destacaram que, apesar da baixa incidência, esses casos podem resultar em complicações sérias.
Há registros médicos anteriores de objetos ainda mais improváveis sendo introduzidos na uretra, como garfos, fios de raquete, fones de ouvido e até pequenos animais mortos. Embora não existam dados concretos sobre a quantidade de pessoas que recorrem a esse tipo de estímulo, os casos relatados são majoritariamente do sexo masculino.
Complicações graves 5d103z
De acordo com especialistas, inserir objetos no canal urinário pode acarretar uma série de problemas, como infecções graves, perfurações na uretra, disfunção erétil, sangramentos e até a ruptura da bexiga. O risco de sepse — uma infecção generalizada com potencial de morte — também é elevado, especialmente quando os objetos não são devidamente esterilizados. Além disso, há chance aumentada de contaminação por infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Cirurgia foi a única saída 6o3w4o
Exames de imagem mostraram que o cabo USB havia avançado até a bexiga do jovem, tornando inviável qualquer tentativa de remoção sem intervenção médica. A solução foi um procedimento cirúrgico com anestesia geral. Os médicos introduziram uma câmera pela uretra para visualizar o objeto e removê-lo com segurança.
Apesar do susto, o estudante sofreu apenas ferimentos leves. Ele foi medicado com antibióticos e analgésicos e precisou utilizar um cateter urinário durante uma semana. A boa notícia é que os exames realizados após a cirurgia não apontaram lesões permanentes, e a recuperação segue estável.
O caso serve de alerta para os riscos envolvidos em práticas que envolvem introdução de objetos no corpo sem supervisão médica. Mesmo que a motivação esteja ligada à busca por prazer, os danos à saúde podem ser duradouros — ou até fatais.