Muller diz que resistência ao Minha Casa, Minha Vida no Santa Felícia é parte de preconceito na sociedade 5s6ig

Muller falou sobre o Minha Casa, Minha Vida
Muller falou sobre o Minha Casa, Minha Vida

A construção de um novo empreendimento habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida no bairro Santa Felícia, em São Carlos, tem gerado controvérsias e reações contrárias por parte de moradores da região. Com previsão de beneficiar 200 famílias de baixa renda, o projeto foi defendido publicamente pelo assessor especial do prefeito Netto Donato, João Muller, que criticou a resistência enfrentada e classificou a situação como um caso claro de preconceito social. 3kv2t

O empreendimento, voltado à Faixa 1 do programa — voltada a famílias com renda de até R$ 2.640 —, está em fase de implantação e promete oferecer moradia digna para pessoas em situação de vulnerabilidade. Segundo Muller, os critérios para seleção das famílias foram rigorosos, priorizando idosos, mães solo, pessoas com deficiência e moradores em vulnerabilidade habitacional.

“A resistência que estamos enfrentando parte de um preconceito. Estão associando esse empreendimento a um CDHU, o que não é verdade, no CDHU faltou acompanhamento do Estado. Estamos falando de apenas 200 unidades, com um projeto urbano pensado, trabalho social garantido e famílias com perfis cuidadosamente avaliados”, afirmou o assessor.

João Muller também rebateu argumentos usados por moradores que alegam risco de sobrecarga na infraestrutura local, como escolas, postos de saúde e trânsito. Segundo ele, estudos técnicos já foram realizados para garantir que a demanda gerada pelo novo conjunto não comprometerá os serviços públicos existentes. “Estamos licitando uma unidade de saúde no próprio bairro, no Romero Tortorelli, que está a apenas 300 metros do local do empreendimento”, destacou.

Outro ponto levantado foi o consumo de recursos como água. “Vinte famílias de alta renda com piscina e sauna consomem muito mais água do que as 200 famílias de baixa renda que vão morar ali. Essa comparação mostra como parte da resistência não se sustenta tecnicamente”, completou Muller.

Critérios do Minha Casa, Minha Vida 521y9

O assessor também apontou que a decisão pelo local da construção foi feita com base em critérios do próprio governo federal, que exige infraestrutura urbana num raio de até mil metros. “Não somos nós que escolhemos o lugar de forma aleatória. Apresentamos várias áreas, e o Ministério das Cidades avaliou e aprovou esta. A ideia hoje é garantir moradia com qualidade de vida e o a serviços públicos”, explicou.

Sobre o temor relacionado ao trânsito, Muller minimizou a preocupação: “Estamos falando de 70 carros a mais circulando. Isso está longe de causar um impacto significativo. Dizer que isso vai travar o bairro é exagero.”

Por fim, o assessor questionou o silêncio da sociedade em relação a pessoas vivendo em ocupações irregulares ou em condições precárias, como no Capão das Antas. “Essas famílias estão no meio do mato, sem saneamento, e ninguém se mobiliza por elas. Mas quando tentamos dar a elas moradia digna, em uma área com infraestrutura, a reação é de rejeição. Isso tem nome: segregação social”, criticou.

Apesar das manifestações contrárias, o poder público municipal diz que tem a missão de reduzir o déficit habitacional da cidade, que conta com cerca de 8 mil famílias cadastradas em busca de moradia. “Quem istra uma cidade precisa diminuir as desigualdades. E é isso que estamos tentando fazer”, finalizou Muller.

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