Morre o médium Divaldo Franco, aos 98 anos

Divaldo Franco tinha 98 anos

Retornou à Pátria Espiritual na noite desta terça-feira (13), às 21h45, o médium, orador espírita e embaixador da paz Divaldo Pereira Franco, aos 98 anos. Nascido em Feira de Santana (BA) em 5 de maio de 1927, Divaldo dedicou sua existência ao amor ao próximo e à divulgação da Doutrina Espírita, tornando-se uma das personalidades mais influentes do Espiritismo no Brasil e no mundo.

O velório será realizado nesta quarta-feira (14), das 9h às 20h, no Ginásio da Mansão do Caminho, instituição que ele próprio fundou. O sepultamento ocorrerá na quinta-feira (15), às 10h, no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador (BA).

Ao longo de sua trajetória, Divaldo percorreu mais de 2.500 cidades em 71 países, realizando mais de 20 mil conferências públicas sobre temas relacionados ao espírito, à vida e ao amor universal. Publicou mais de 260 livros psicografados, com mais de 10 milhões de exemplares vendidos e traduções em 17 idiomas. Suas obras, atribuídas a mais de 200 autores espirituais, abordam desde conselhos espirituais e relatos do além até romances e reflexões filosóficas, alcançando milhões de leitores ao redor do planeta.

Ao lado de Nilson de Souza Pereira, Divaldo fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção, em 1947, e a Mansão do Caminho, em 1952. A instituição, localizada em Salvador, tornou-se um modelo de ação social e educacional, com 44 edificações distribuídas em uma ampla área com ruas, bosques e lago. Atualmente, mais de 5 mil pessoas são atendidas diariamente em suas diversas frentes – da assistência social à educação infantil, do atendimento médico ao acolhimento espiritual.

Carinhosamente chamado de “Tio Divaldo”, ele foi também um pai para centenas de crianças em situação de vulnerabilidade. Ao longo dos anos, adotou mais de 650 filhos, muitos dos quais cresceram nas antigas casas-lares da Mansão do Caminho. Seu compromisso com a infância, com a caridade e com o progresso moral da humanidade lhe rendeu mais de 800 homenagens nacionais e internacionais de instituições religiosas, culturais, políticas e acadêmicas.

Divaldo Franco deixa um legado de compaixão, sabedoria e paz. Seu retorno à espiritualidade é, para os que compartilham da fé espírita, um reencontro luminoso com os benfeitores espirituais que acolhem e amparam a humanidade.

“Até logo, Semeador de Estrelas”, ecoa agora entre os que o iravam. Sua voz se silencia na Terra, mas seu exemplo continuará a iluminar corações em todos os cantos do mundo.